O Fim do “Eu Acho” e o Design Como Estratégia
O “eu acho” precisa acabar, especialmente no design e nos negócios. Decisões baseadas em achismos enfraquecem estratégias e comprometem resultados. Design não é estética, é comunicação e funcionalidade, guiado por pesquisas e neurociência. Cores, espaçamentos e hierarquia visual não são escolhas aleatórias, mas estratégias testadas. O mesmo vale para marcas: sem clareza, um rebrand vira maquiagem e marketing se torna apenas posts bonitos. No mercado, ganha quem entende, pesquisa e executa com embasamento. O “eu acho” já fez estrago demais – está na hora de agir com estratégia.
Danilo Braga
3/10/20252 min read
O “eu acho” precisa acabar. Simples assim. No design, no branding, no marketing e, se formos sinceros, no mundo dos negócios como um todo. Porque, sejamos francos, quem tem certeza não “acha”, sabe. E quem não sabe, ao invés de investigar, analisar e compreender, prefere palpitar. E aí mora o problema.
Vivemos numa era onde todo mundo tem opinião sobre tudo, mas poucos têm embasamento para sustentar essas opiniões. E quando o assunto é design, então, a coisa fica ainda pior. Porque para muita gente, design ainda é um detalhe estético. “Faz um logo bonito”, “deixa o layout mais moderno”, “bota um vermelho porque chama atenção”. Mas e a estratégia? E a função? E o impacto real daquilo no negócio? Ah, isso quase ninguém pergunta.
E o pior: quando perguntam, vem sempre aquele “eu acho que funciona assim” ou “eu acho que azul transmite mais confiança”. Baseado no quê? Em achismos. E achismo, sinto informar, não paga conta, não constrói marca e não gera conversão.
Design é estratégia, não decoração
O design comunica. Ele guia o olhar, organiza a informação, desperta emoções e conduz ações. Cada escolha – tipografia, cor, espaçamento, hierarquia visual – tem um propósito. E esse propósito não é definido no chute, mas com base em pesquisa, análise de comportamento, neurociência cognitiva e testes reais.
Quer um exemplo? O espaçamento entre elementos não está ali para “parecer mais clean”. Ele tem uma função direta na legibilidade e no conforto visual. Cores não são escolhidas porque alguém “achou bonito”, mas porque influenciam percepções e comportamentos. Um CTA (Call to Action) não está posicionado no canto superior direito por acaso – ele segue padrões de leitura e neurociência.
Agora me diz: como um “eu acho” compete com isso? Não compete. Ele atrasa. Ele enfraquece. Ele transforma uma decisão estratégica em um capricho pessoal
E não para no design – é sobre o negócio todo
Se a empresa acha que precisa de um rebrand, mas não entende seu posicionamento, está começando errado. Se acha que o problema está no logo, mas o verdadeiro problema é a experiência do usuário, está resolvendo a questão errada. Se acha que marketing é só fazer post bonitinho, vai perder para quem sabe que marketing é sobre conexão, estratégia e conversão.
A verdade é simples: no mercado, ganha quem entende. Quem pesquisa. Quem testa. Quem para de “achar” e começa a saber. Porque design sem estratégia é só enfeite. E negócio sem clareza é só mais um no meio da multidão.
O “eu acho” já fez estrago demais. Tá na hora de virar passado. E você, ainda acha ou já sabe?